O incêndio no ecoponto do bairro Indaiá I, no último final de semana, fez com que vereadores retomassem as discussões sobre o local onde foi instalado o espaço de depósito de material e, principalmente, a falta de coleta periódica.
Durante a 6ª sessão ordinária, realizada dia 17 de Março, vereadores se mostraram contrários a escolha de implantar o ecoponto do Indaiá ao lado da Unidade Básica de Saúde (UBS) do bairro; mas teve quem defendeu que o problema não é o local e sim a falta de retirada do material periodicamente, evitando o acúmulo. Todos concordaram que a real implantação do Código de Posturas evitaria o problema, já que a Lei determina os direitos e deveres da população e do poder Público.
Reginaldo Pereira da Silva (Totó-PSC), deu início ao debate, enfatizando a preocupação de moradores do bairro. “Colocaram fogo no ecoponto e a fumaça invadiu as casas, colocando a saúde das pessoas em risco, principalmente de quem tem problemas respiratórios; os escorpiões, fugindo do fogo, invadiram as casas, não é possível colocar um ecoponto ao lado de uma UBS, local inadequado”, disparou. O Vereador ainda relatou que o funcionário do local é idoso e não tem qualquer estrutura para trabalhar, “não tem água nem banheiro, tem vaso sanitário e pia, mas não tem ligação de água e esgoto”.
“Desde o projeto me posicionei contra instalar dentro da Cidade, mas a Prefeitura também precisa aplicar o Código de Posturas, intimar os donos a limpar os terrenos baldios e fazer calçadas, pode fazer um IPTU progressivo, dando desconto para quem cuidar dos imóveis; a população não pode continuar jogando lixo nas ruas, cada um tem que fazer sua parte e evitar disseminação de insetos”, pontuou José Luis Vieira (Ratinho-MDB). Isaias Lino do Couto (PSC), concordou que não pode ter local para descarte de entulhos próximo à UBS, informando que tem lei que garante desconto no Imposto aos proprietários que muram e fazem calçamento.
Levy Xavier Ferraz (Republicanos), explicou que há dois anos, um grupo de vereadores visitou algumas cidades para conhecer os ecopontos e, como funcionavam bem, sugeriram a criação dos espaços em Santa Gertrudes. “Trouxemos a ideia, a Cidade estava suja, cheia de entulhos, o que acontece é que a Prefeitura demora muito para retirar o material, tem que recolher pelo menos duas vezes na semana” e prosseguiu: “o incêndio foi um ato de irresponsabilidade, como tinha muito material inflamável - colchões, sofás - o fogo se alastrou; a finalidade do ecoponto é descarte imediato, mas tem que recolher”. Levy acredita que estar próximo de uma UBS não é problema, só precisa recolher constantemente; ele denunciou que o fogo do final de semana também destruiu árvores e que a Latina – empresa responsável pela limpeza urbana, está realizando poda de árvores e corte de grama, e jogando o material no ecoponto: “não pode, tem que triturar os galhos e descartar em local apropriado, a Latina tem um contrato onde recebe 8 milhões por ano [de Reais], tem que investir e fazer o serviço bem feito”. Outro fator apontado é a sujeira, segundo o Vereador, “na terça-feira, dia 17, um trator entrou no ecoponto e, como choveu, quando saiu arrastou a sujeira pelas ruas e não limpou, falta compromisso e responsabilidade”.
O presidente da Casa, Antonio Carlos Candido (Gordinho-PTB), afirmou também ser contra a instalação de ecopontos no perímetro urbano por trazer transtornos à população que reside próximo. “O ecoponto é uma ideia muito boa, mas tem que estar em local afastado e o entulho recolhido sempre, não pode deixar acumular; o incêndio poderia ter destruído a UBS”. Gordinho ainda lamentou que a Latina “só trabalha sob pressão da Câmara; se o vereador não reclamar, o serviço não é feito, até quando teremos de ir à tribuna cobrar para limpar e cortar mato”, indagou. “Falta competência; se não cumpre o contrato, não faz satisfatoriamente, tem que cancelar”, concluiu o Presidente.
Dr. Marcelo (Marcelo Ferreira-PSD), usou a tribuna para informar que paralisou os atendimentos em seu consultório médico devido a pandemia pelo novo coronavírus, a Covid-19. “Infelizmente estamos passando por momentos difíceis, não devemos ter contato físico, temos que evitar aglomerações de pessoas e conversar a uma distância de pelo menos dois metros; devido a minha idade e condições físicas, paralisei os atendimentos pelas próximas duas semanas, no consultório e na Policlínica; não posso colocar a minha vida nem dos meus pacientes em risco, espero que entendam”, avisou o médico e vereador Dr. Marcelo.
Prosseguindo, Totó novamente cobrou a segunda viatura para a Guarda Civil Municipal, lembrando que os vereadores aprovaram liberação de R$ 300 mil para a compra de dois veículos e apenas uma foi adquirida; solicitou cronograma de limpeza urbana e no cemitério, avisando que moradores nas proximidades continuam reclamando da grande quantidade de baratas; relatou que na Praça São José tem um fio de iluminação quebrado e pode causar acidente grave, e pediu informações da Prefeitura sobre uma motocicleta que era utilizada para fiscalização, indagado “se ainda existe ou foi leiloada”.
Alexandro Souza Vieira (Alexandro do Iporanga-PSC), solicitou a pintura de faixa para pedestres na Rua Vereador Gregório Swenson, no Jardim Luciana, em frente à Igreja Presbiteriana; apresentou solicitação da comunidade pedindo a liberação de espaço para estacionamento em frente à Igreja Católica, próximo ao banco Bradesco; voltou a apontar demora na troca de lâmpadas queimadas, relatando que “em alguns lugares, o serviço foi feito e em poucos dias a lâmpada queimou”, questionando se “tem garantia”, e cobrou transparência no contrato com a empresa responsável: “o povo é quem paga, peço respeito com a população”. Alexandro perguntou a Levy, membro do Conselho de Iluminação, sobre as ações tomadas e foi informado que o Conselho não está funcionando. “Falta responsabilidade da secretaria de Obras, não repassa informação, o Conselho só existe no nome, não temos dados para avaliar nem responder qualquer pergunta; falta responsabilidade”, afirmou Levy Xavier.
Alexandro prosseguiu solicitando informações sobre a compra de caminhão pipa, cuja verba foi divulgada em 2017, explicando que a Prefeitura usa o veículo da Latina e paga pelo empréstimo: “se tivermos nosso caminhão vamos reduzir gastos”; e data de início do asfaltamento e construção de galerias, obras que custarão R$ 5,5 milhões. “O prazo para contratar a obra está acabando, precisa agilizar”, concluiu.
“Hoje, conversando com um amigo, ele disse que a Prefeitura devia cuidar do que a Cidade tem e concordo”, afirmou Ratinho retomando a campanha para a instalação das praças de alimentação, como forma de tornar os espaços públicos agradáveis para a população; solicitou que a Latina divulgue o cronograma de funcionamento do serviço de cata treco; elogiou as obras de revitalização do Parque Ruy Raphael da Rocha; alertou os inadimplentes que o não pagamento do IPTU pode ocasionar a perda do imóvel; e concluiu, reivindicando a retirada de veículos abandonados nas ruas.
Durante os trabalhos, foram apresentadas duas Indicações, autoria de Gordinho: solicitando a construção de uma UBS ou Posto de Saúde da Família (PSF), no setor Sul, atendendo os bairros Santa Catarina, Nova Santa Gertrudes I e II; e reforma na quadra de esportes Edegilson Roberto Costa (Lemão), localizada no Santa Catarina.
Devido à pandemia pelo novo coronavirus, a Covid-19, a Presidência da Casa determinou o cancelamento de eventos e reuniões na sede do legislativo por prazo indeterminado. Os eventos marcados para os dias 24 e 31 deste mês, estão cancelados.
A próxima sessão ordinária será dia 7 de Abril. As sessões acontecem no Plenário “Íria Hansen”, na sede da Câmara, localizada na Rua São Pedro, 400, Jardim Luciana, e são abertas à população. Os trabalhos são transmitidos ao vivo pela TV Claret - canal 45, e pela Rádio Excelsior Jovem Pan News 1410,0 AM, das 19 às 20h30.
Silvia Araujo – MTB. 16.659
Assessoria de Imprensa
Câmara de Vereadores de Santa Gertrudes
Publicado em: 19 de março de 2020
Publicado por: Silvia Araujo
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Categoria: Notícias da Câmara
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